VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

domingo, 10 de janeiro de 2016

MEU PÉ DE JENIPAPO

MEU PÉ DE JENIPAPO - (Claudio Morais, do Sítio Panelas, Várzea Alegre/CE).

O que passo a vos contar não é UM CAUSO, mas, sim UM CASO (pois é uma História verídica).

Comemorando o aniversário em cima de UM PÉ DE JENIPAPO, a saborear aquelas gostosas frutas. Na década de 1940, GABRIEL MENDES FEITOZA (Bilezinho), o filho caçula de GABRIEL REGO DE MORAIS (Bile, do Sítio Panelas) e ISABEL PEREIRA DE MORAIS (Biluca), morava no Sítio de nome: Boa Vista (em companhia de sua esposa MARIA DE NAZARETH FEITOZA – Nazinha – e dos três filhos mais velhos. Eram eles: Francisca Claudete Feitoza, Claudia; Francisca Cleonete Feitoza, Cleia; e, Antonio Claudoneto Feitoza, Claudio. Lembro-me como se fosse hoje. No dia em que a segunda filha, CLEONETE, completou 10 anos (para ser mais preciso: era UM DEZ DE OUTUBRO), logo cedinho cometeu uma travessura (daquelas bem cabeludas) e nossa MÃE lhe aplicou uma tremenda SURRA. A menina, como sempre, não era de chorar e simplesmente sumiu de casa. Naquele dia foram deixados esquecidos quaisquer preparativos para festejar o aniversário da garota. A parentela e os amigos, que moravam mais próximo, passaram todo o dia à procura da aniversariante (percorreram todas as casas da vizinhança, numa busca infrutífera).

Na entrada do Sítio Boa Vista havia UM GRANDE PÉ DE JENIPAPO, e este foi o local escolhido para se reunirem após cada busca. Foram muitas as idas e vindas sem nenhum resultado. As buscas duraram até o início da noite, já cansados decidiram parar (as buscas) e continuar no dia seguinte. Quando, de repente, cai uma casca de jenipapo na cabeça de um dos participantes da busca.

Ao olharem para cima viram a pequenina, montada na forquilha de um dos galhos da árvore. Constatou-se, mais tarde, que a menina havia passado o dia todo em cima da FRONDOSA ÁRVORE (e ali comemorou seu DÉCIMO ANIVERSÁRIO, saboreando jenipapos e mais jenipapos). Cada vez que os grupos se reunião para comentar os resultados ELA a tudo assistia, silenciosamente.

Esta não se trata da única AVENTURA de Nossa heroína. Depois disto ELA aprontou outras tantas. Brincou, estudou muito, cresceu, trabalhou bastante, e colou Grau: em Enfermagem Superior; e em Assistência Social. Hoje já aposentada fica a apreciar as travessuras dos netos e a recordar as próprias.

Juiz de Fora, Minas Gerais, 29 de setembro de 2015.
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