VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Família de Padres - Memória Varzealegrense

Família de padres - Por Antonio Morais

Entre os filhos de Antônio de Souza Rego e Nazária, da Fazenda Várzea do Boi existiam três padres. Padre Benedito de Souza Rego, nascido em 08.08.1832, ordenado em 21 Março de 1863. Foi vigário de Várzea-Alegre de 1864 a 1875, retornando a freguesia de Tauá. 

Estando ele no comando de um adjunto para levantar a  parede de lagoa de São Raimundo, depois de  haver tomado  muito vinho disse para  os presentes : O menino que fulaninha está esperando é meu filho. No outro dia José Raimundo do Sanharol  lhe visitou  e passou  essa informação : Padre, ontem você falou isso, isso e isso. E, ele  respondeu : se foi assim eu não posso mais ficar  em Várzea-Alegre.

Em 1878, estava ele, em Tauá, diante de sua estante, lendo ou escrevendo, quando foi alvejado por um tiro de arma de fogo. A bala passou acima da cabeça meio palmo, e acertou um dorso de um livro na estante, a qual, para prova, ele apresentou na povoação de Itans, Ribeira do Rio Choró, dizendo que não ficaria no Ceará e viajou para Bahia onde morreu em 1899. Como registro apenas os cartões de natal que enviava  anualmente para sua afilhada Isabel de Morais Rego, Bebé de Sanharol.

Os outros irmãos, Padre José da Costa Leitão, morreu na Fazenda São Bento, quatro léguas depois de Tauá, picado por uma cobra, e, o Padre Antônio de Souza Rego faleceu jovem vitima do rompimento de um aneurisma.

Antonio Morais

terça-feira, 21 de julho de 2015

Nossas histórias - Memória Varzealegrense

A Rural vai atolar - Mundim do Vale
A  RURAL  VAI  ATOLAR - MUNDIM DO VALE

É Carnaval, em Várzea Alegre Carnaval em Várzea Alegre foi sempre muito bom. 
Primeiro porque não se tinha tantas opções de lazer. 
Segundo porque é realmente uma festa em que reúne muitos estudantes que aproveitam o feriado para rever os familiares. 

Num desses carnavais, lá pela década de setenta, um grupo de primos, amigos e suas respectivas namoradas resolveu visitar os parentes. José Gonçalves, filho de Seu João Mandu, decide que vamos todos fazer um tour pelo São Vicente na Rural do pai. 

Vejam os jovens: Derão e Cecília, Gonçalves e Maria Leandro, Bezerra e eu. Cedo saímos para nosso passeio. Foi um domingo maravilhoso. Carnaval perfeito. Chão bem molhado. Saímos pela manhã para retornarmos à tardinha. Passamos de casa em casa. Era o hábito deles quando vinham de Fortaleza. 

Tirando reisado, como se dizia na época e na região. Visitando avô de um, avô de outro, avós de outros, e por aí afora ou adentro. Do Atoleiro ao São Vicente não sobrou um parente sem ser visitado. Quanta alegria, quanta emoção. É Carnaval. Somos jovens e enamorados. A felicidade tinha nomes! E estava ali. O tempo corre normalmente. O dia vai chegando ao seu final. Uma alegria só. Hora de retornarmos à cidade. Ah! Hora de retornar... 

A Rural vai atolar! Que nada. A Rural não atolou simplesmente, nos atolou numa tremenda enrascada. Era um passo para frente e dois para trás. Entra, anda, sai, empurra! Entra, anda, sai, empurra! Era isso mesmo. Mais empurrando que andando. Como chegamos à Várzea Alegre, minha memória não tem conseguido resgatar tudo. 

Sei que chegamos. Se, desafiamos as leis da Física e subimos a ladeira de Herculano com a Rural na cabeça, não sei. Sei que chegamos com tempo de ir para o CREVA, afinal de contas era carnaval. Não podíamos perder a esportiva por causa de uma Rural! Trinta anos depois... Um casal nem se casou, um casou e separou e o outro casou e continua até hoje.

Artemísia

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nossas histórias - Memória Varzealegrense

Nossas historias - Memória Varzealegrense




Em Várzea-Alegre, na década de 70 do século passado era comum os amigos se reunirem para jogar buraco. 

A casa do João Beca tinha predileção, talvez porque havia um lanche de pão de arroz com amendoim e café entre uma partida e outra.

Pedrila de Santana um dos adeptos da diversão, numa noite de chuvas resolveu pernoitar na casa dos Becas, Luiz Vieira e Nilo Piau seguiram para suas casas.

A Chuva engrossou, a latrina ficava no fundo do quintal, e, após o Pedrila se acomodar lhe bateu uma tremenda necessidade de fazer xixi.
No compartimento da casa em que se encontrava, um menino dormia bem tranquilo numa rede.
Pedrila teve uma ideia digna de qualquer varzealegrense : Tirar o menino da reda, colocar na sua, deitar-se na rede do menino e aliviar a bexiga.
Assim se deu. Depois, quando foi trazer o menino de voltar o danado tinha cagado na outra rede.
Pedrila arribou de madrugada, sem se despedir. Perdeu o pão de arroz do café da manhã.

Fonte: A. Morais
Fonte foto: Google

quarta-feira, 1 de julho de 2015

PEDRA HISTÓRICA -Memoria Varzealegrense

PEDRA  HISTÓRICA - EDMILSON MARTINS


Pedra de Amolar histórica: esta pedra de amolar foi coloca no tronco deste pé de cajarana no ano de 1943 por José Ildefonso de Lima (Tio Zezinho do Baixio). 

Ainda hoje e utilizada normalmente, parte dela já foi engolida pela raiz da cajaraneira, poderá ser vista atrás da casa de Azarias Martins no Baixio do Exu. 

Eu a considero como uma relíquia pois muitas vezes, na minha infância, amolei nesta pedra a minha faquinha quando eu ia caçar de baladeira lá no baixio, isto, enquanto o baião de dois com "toicim torrado" de Tia Mundinha não saia.