VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 13 de abril de 2013

013 - Do Tempo do Bumba - Memória Varzealegrense

FUNDO  DE  LATA - Mundim do Vale

Alexandre Cabeleira, filho da parteira Antônia Cabeleira, era o que poderia ser chamado de versátil. Ele tinha cinco profissões a saber; Coveiro, enfermeiro, cambista, carpinteiro e ainda vendia sal moído no mercado velho.
Um dia chegou na sua banca, dona Petronila. Uma senhora muito conversadeira e extremamente religiosa. Petronila chegou logo puxando conversa:
- Alexandre quanto é o quilo de sal?
- É cinco cruzeiros.
- Meu pai do céu, como tá caro.
- Petronila. não é só o sal não. Tá caro é tudo. Tá caro o fumo, tá caro os ovos, tá caro o pinto e tá caro alho. Não tem quem possa com a carestia.
- Valha me nossa Senhora. Onde é que nós vamos parar?
- Mas se o inverno pegar, de julho pra entrar agosto as coisas vão melhorar. Eu escutei no rádio que de Passo Fundo pra cá. As coisas já estão baixando.
- Graças a Deus. Mas Alexandre eu tou aqui é para outra coisa.
- Pois diga. Se eu poder eu ajudo.
- Quanto é que o senhor cobra pra botar um fundo numa lata?
- Depende; Se com o meu pau é vinte cruzeiros. Mas se você der o fundo eu boto por dez cruzeiros.

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